Deslizar para a esquerda é fácil. Deslizar para a direita e "dar match" também é simples. Difícil mesmo é ter atitude, bom papo e levar uma conversa para o tão sonhado encontro. O duro mesmo é dar certo! Cansados da interminável troca de aplicativos, solteirões estão apelando para um método antigo. Descubra qual e como você pode fugir da "maldição do match"!
Todo mundo está exausto, e talvez com razão! Encontrar o "match perfeito" no mundo virtual pode ser até uma forma mais fácil de conquistar alguém. O problema é que, no mundo real, quando qualidades e defeitos se colocam à tona na vida a dois, muitas vezes o que parecia um sonho se torna desilusão.
Cansados disso, um número crescente de solteiros está confiando em uma fonte mais antiga de buscadores de encontros: "os casamenteiros". Eles existem há décadas e estão enraizados nas culturas de muitos países.
Ao contrário dos aplicativos de hoje em dia, os serviços de casamenteiros - conhecidos como "matchmaking" - custam caro e. por conta disso, são inacessíveis a amplas faixas da população. Mas há quem aposte nessa ideia e sempre existiu mercado para isso.
Está surgindo agora uma safra emergente de aplicativos e empresas que procuram trazer o matchmaking para uma nova geração de jovens, misturando métodos antigos com tecnologia moderna.
Um exemplo recém-chegado é o Lox Club, um aplicativo de namoro exclusivo para membros fundado em 2020 pelo CEO Austin Kevitch. O app opera em um modelo de assinatura, cobrando US$ 96 (nada menos que R$ 511,65) por 12 meses. A empresa oferece a todos os seus membros amplo acesso aos "casamenteiros", que podem configurar usuários entre si ou dar feedback sobre o perfil da pessoa.
“Os casamenteiros profissionais nos Estados Unidos, por exemplo, cobram cerca de US$ 10 mil a US$ 20 mil (quase R$ 107 mil) e não estão tão familiarizados com as pessoas como seus próprios amigos”, disse o dono do Lox Club. “Sabendo que muita gente não pode pagar por isso, tentamos tornar o serviço o máximo acessível e renomeá-lo para se sentir como um amigo ajudando você a encontrar a paixão da sua vida.”
Cansaço pós-Covid
Esse interesse em "casamenteiros" coincide com um aumento no esgotamento de namoro online. A pandemia de Covid-19 reduziu fortemente os encontros. As empresas começaram a investir fortemente em seus recursos de áudio e vídeo para que os usuários pudessem namorar em casa.
Mas com a abertura das atividades pós-pandemia, nem todo mundo quer voltar a confiar no botão de deslizar para a direita e esquerda. Em vez disso, eles estão terceirizando esse trabalho para especialistas. Afinal, já colecionaram muitos "matchs" no período e que não deram certo.
A Ambyr, lançada no final do ano passado, realiza de dois a três eventos por mês em locais badalados para um grupo seleto de 10 homens e 10 mulheres. Os fundadores avaliam os perfis e unem as 20 pessoas com base no que acreditam que vai dar "match". É um jogo com coringa: sabem que tudo pode acontecer... ou não!
Todos os usuários passaram por uma entrevista e verificação de antecedentes. Os candidatos pagam uma taxa de inscrição de US$ 60 e um adicional de US$ 150 para cada evento, caso sejam escolhidos. A Ambyr diz que tem uma taxa de aceitação de 15% e quase 200 membros em seu banco de dados, mas reafirma que a iniciativa tem dado certo.
A famosa terapia também ajuda!
O papel dos "casamenteiros" vai muito além de unir pessoas: eles têm servido de terapeutas de namoro em meio período para alguns clientes. “Eu não imaginava quanto trauma eu sofria no mundo dos namoros”, disse Ari Axelrod, 28 anos, de Nova York. Axelrod tem tido consultas com Cassie Levine, que recentemente lançou sua empresa chamada Inquire Within.
“Mesmo que os encontros não sejam bem-sucedidos, me sinto que estou cada vez mais confiante”, disse ele. “Prefiro gastar alguns dólares a mais e me sentir lembrado do que esquecido", explicou.
Levine, que lançou o Inquire Within em abril, atualmente cobra US$ 150 por hora a consulta.
Gigantes de peso apostam nos "casamenteiros"
O gigante de namoro online Match Group mergulhou no matchmaking por meio de seu próprio aplicativo. Em novembro, a empresa introduziu um elemento de "matchmaking humano" (algorítimo) em seu serviço de encontros. Por US$ 4,99 por semana, os funcionários da Match sinalizam dois perfis a cada sete dias para filtrar as opções e dar a melhor sugestão aos clientes.
A palavra "matchmaking", por definição, muitas vezes é um processo tedioso que requer o trabalho de humanos caros, em vez de inteligência artificial. Esse não é o foco de aplicativos de maior escala como Tinder e Hinge, que são de propriedade da Match, ou Bumble. A coisa mais próxima que a Hinge oferece é um recurso de perfis “destaque”, mostrando em quem um usuário provavelmente estaria interessado com base em seu histórico de likes.
Embora o "matchmaking" exija muito trabalho humano e de análise, trata-se de uma tendência que os membros de app estão solicitando cada vez mais. “Ficamos surpresos no começo, mas nossos membros querem que isso exista, então estamos fazendo isso", revela Kevitch, do Lox Club.
Aquele ponto de vista
A grande verdade é que os aplicativos de hoje em dia e que são virtuais tiraram de jogo o aspecto humano, além de muitas outras sensibilidades que giram em torno do mundo real. O poder da conquista, de olhar nos olhos, de trocar charmes e sorrisos... Tudo isso ficou um pouco de lado. Com a pandemia, a solidão se intensificou ainda mais.
Recorrer a métodos antigos onde se comparam gostos e afinidades, o que já foi uma tendência no passado, pode ser um desafio para o surgimentos de novos apps cujo algoritmo possa, de fato, filtrar opções e apresentar aos usuários pessoas que compartilham gostos e desejos recíprocos entre si.
Trata-se de uma nova tendência no mercado que vale a atenção de todos nós.
Afinal, nada mais bonito do que ver gente apaixonadA! E apaixonada sem @!
E se não rolar, a gente volta a apelar pra Santo Antônio rs ... Até o próximo post :)
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